
(...) Branca de Neve ficou muito, muito tempo dentro daquele caixão de vidro, e nada nela mudava. O tempo ia passando e ela continuava linda, parecia estar dormindo, branca feito neve, corada feito sangue e de cabelo preto feito ébado polido.
Mas certo dia aconteceu que um príncipe que estava perdido na floresta passou a noite na casinha dos anões e visitou, no alto da montanha, o caixão que protegia o corpo de Branca de Neve. O príncipe ficou encantado com a beleza da mocinha e leu o que estava escrito sobre o vidro do caixão, em grandes letras douradas. Em seguida disse aos anões:
- Me deixem levar o caixão comigo, peçam qualquer coisa em troca que eu lhes dou, mas deixem que eu leve o caixão comigo para meu palácio!
Quando ouviram as palavras do príncipe, quando viram sua aflição, aqueles anõezinhos tão bons se comoveram, ficaram com muita pena, e deixaram que ele levasse o caixão. O príncipe chamou seus empregados e mandou que eles carregassem o caixão de Branca de Neve. Mas aconteceu que os empregados do príncipe tropeçaram na raiz de uma árvore e com o solavanco o pedaço de maçã que estava preso na garganta de Branca de Neve pulou fora de sua boca. Quando isso aconteceu, a menina abriu os olhos, ergueu a tampa de vidro e se sentou, cheia de vida.
- Ah, meu Deus! Onde estou? - exclamou ela assustada
- Perto de Mim! - respondeu o príncipe, louco de alegria, antes de começar a contar tudo o que havia acontecido.
(...)
Retirado do livro "Branca de Neve" dos Irmãos Grimm
Retirado do livro "Branca de Neve" dos Irmãos Grimm
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