terça-feira, 29 de junho de 2010

Sempre esqueço os títulos

Estava sentada no ponto de ônibus daquele lugar que a muito não ia, com um certo gosto de tristeza e melancolia. Esperava por algo, por alguém, por algum acontecimento que a levasse direto pra casa. Já passava de meia noite, pai e mãe me esperavam em casa sem ter notícias a horas. Aliás, apesar da presença diária já não tinham notícias minhas a tempos.
Mas hoje, acordei farta. Farta de me esforçar, farta de me empenhar. Farta de tudo aquilo que não fazia sentido. E do que fazia também. Então, saí de casa e peguei um ônibus pro lugar mais perto da minha infância, onde foram vividos longos tempos felizes, sentei em um ponto de ônibus abandonado em frente a um velho parquinho, e voltem alguns anos no tempo só pra ver o brilho nos olhos que eu havia deixado pra trás. Foi bom. E garanto, a quem quiser e a mim mesma que quando os ventos frios pararem de soprar, eu voltarei, mais quente do que nunca.

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