Enquanto ele me contava suas histórias de quem quer se gabar (e deu pra perceber que ele gosta mesmo disso) eu ficava imaginando a situação louca que eu acabei me metendo. Mas não me arrependi, não mesmo. Quando ele começou a falar empolgado daquilo que tanto lhe interessava, eu desviei o assunto com um BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ de desinteressada, enquanto via a raiva e o encanto no seu rosto.
- Ah é? - Disse ele com um tom de ameaça.
- HUM? HUM? - Eu disse enquanto prendia um gargalhada.
- Ah é? - Ele repetia enquanto chegava mais perto.
- É. - (Não me lembro a última vez que falei um "é" com tanta segurança).
E então, ele me puxou num beijo no meio da rua.
- Então é. - Eu sorria mais uma vez.
Sorria mais uma vez. Dá pra acreditar?
Talvez não valha a pena continuar pensando. Talvez ele mesmo nem valha tanto quanto eu posso estar pensando. O que eu sei, com certeza, é que na próxima estação eu o verei de novo.
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